A ATENDENTE

Ao chegar ao Posto de Saúde, buscando receber a vacina contra a gripe H1N1, encontrei o local sem qualquer fila de espera. Ao contrário, havia sete pessoas para um único paciente… eu.

Seringa preparada, mãos experientes a postos, e a agulha aumentando de tamanho à medida que se aproximava do meu assustado braço. De repente, os músculos se contraem, mas…, mas… já era tarde. O bem estava feito.

A enfermeira então perguntou, talvez para avaliar a performance dela:

– Doeu?

– Doeu um pouco, eu respondi.

– Também, o senhor encolheu o braço!

A resposta à esta afirmação me saiu da alma a galopes, mas consegui com dificuldades segurar as rédeas dos cavalos.

Hoje, passados alguns dias, ainda fico imaginando a cara de espanto da atendente (ou seria atendenta?) se eu lhe tivesse dito:

– O braço não foi nada, você não imagina o quanto eu encolhi o outro órgão menos nobre do meu corpo! 

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