VOCÊ É UM LIBERTÁRIO?- Parte IV

Os sete hábitos dos libertários altamente eficazes-Parte IV

Jeffrey Tucker é Diretor-Editorial do American Institute for Economic Research

4. Veja todas as pessoas como amigas ideológicas

Você conhece alguém que realmente se oponha à liberdade humana? Eu não. O que acontece é que todos nós tempos diferentes maneiras de entender essa ideia e diferentes graus de tolerância para aplicações inconsistentes. Devemos ver todos como aliados em potencial para a causa maior, independentemente de gênero, raça, religião, idade ou classe social.

A atual política democrática divide as pessoas de acordo com suas afiliações a grupos de interesse. De acordo com o espírito dominante, as mulheres têm de preferir um determinado arranjo de políticas e homens, outro. Os negros querem as coisas de um jeito e os brancos, de outro (e as outras etnias têm um arranjo próprio). Jovens e idosos são rivais, assim como ricos e pobres, gays e heterossexuais. Dessa maneira, como Frédéric Bastiat nunca se cansou de mostrar, a política divide as pessoas, criando uma guerra de todos contra todos.

Mas os liberais clássicos sempre enfatizaram que a liberdade significa uma harmonia de interesses entre todos os grupos. Somente genuínos liberais defendem o bem comum de todos, pois eles querem abolir o grande gerador de animosidade e divisão da sociedade. Eles defendem que todos os grupos e todos os indivíduos sejam livres para se associar, transacionar, produzir e cooperar visando a um aprimoramento mútuo. A sociedade pode se gerenciar a si própria muito mais efetivamente do que jamais poderia qualquer planejador central.

Entender isso hoje, nessa época de guerra fria entre grupos de pessoas, exige um pensamento imbuído de altos princípios morais. Com frequência, exige reconhecer que há algum sentido nas reclamações de determinados “grupos vitimistas” e então chamar a atenção para como foi justamente o estado quem criou o problema relatado. Isso está ligado a uma grande variedade de fenômenos da sociedade, do desemprego ao racismo institucionalizado, da miséria extrema à exploração. Não é que todos nós temos objetivos diferentes; nós apenas discordamos dos meios que devem ser utilizados para se alcançar estes objetivos.

Sempre comece todas as discussões partindo do princípio de que a outra pessoa é um potencial amante da liberdade. Quando tal pessoa disser algo correto e verdadeiro, agarre-se a isso e expanda o raciocínio libertário sobre o que ela disse. Não se sinta desestimulado caso não a converta imediatamente. Como ocorre em todas as trocas de ideias, o objetivo deve ser o de plantar as sementes, e não o de colher a plantação. É por meio de esforços sutis, porém persistentes, que ganharemos mais corações e mentes para a causa da liberdade. […]

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